Ele sorriu. As penas das asas da garota lhe acariciaram a face e uma preocupação silenciosa adornava seus olhos.
“Eu não quero te deixar”, diziam. Pediam, imploravam, suplicavam.
— Está tudo bem — ele repetia, acalmando-a com sua voz. Envolvia-a com seus braços, viu-a fechar os olhos e esconder o rosto no espaço entre seu ombro e pescoço.
— Estamos nos arriscando demais — ela sussurrou contra sua blusa. Apertou-a ainda mais em seu abraço.
— Se houvesse outro jeito... — ele se interrompeu com um suspiro.
— Preciso ir — ela levantou o rosto e encostou seus lábios aos dele.
— Estarei te esperando — ele disse para as costas dela.
Observou-a até que sua forma delicada sumisse no horizonte.
Ela nunca voltou.
罪: Pecado, em japonês.
N/A: Escrevi essa há muito tempo, de madrugada. Só tive tempo pra passar pro PC hoje. D:
Pela primeira vez na minha vida uma coisa que era pra fazer eu me sentir culpada e pensar em suicídio de novo só conseguiu fazer com que eu seguisse em frente. E, aqui me permito fazer uma indireta (ou direta, tanto faz), da próxima vez eu eu passar por você, é você quem vai se sentir culpado. Não eu. Porque eu é que sou boa demais pra você. E não o contrário e eu fui retardada em achar isso. Seja feliz com seus amigos, espero que eles não te mudem o suficiente pra lhe fazer mal. Tudo de bom pra você e nunca mais apareça na minha frente.